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  • Aline Fanti

A espontaneidade da horta: nossa história com a taioba


O desenvolvimento de projetos de horta em escolas é uma das minhas atividades preferidas como educadora. Esse tipo de trabalho sempre me surpreende pelo enorme aprendizado que compartilhamos com as crianças e pelo fato da educação acontecer de forma espontânea e em contato com a natureza.

Neste último projeto desenvolvido na E.E Comendador Alfredo Vianello Gregório não podia ser diferente.

Os encontros iam se construindo coletivamente, de acordo com o clima, disposição e curiosidade dos alunos. Às vezes eu ficava horas pensando e preparando uma aula, e chegando lá uma nova descoberta mudava tudo.

Lembro do dia que mostramos a taioba para os alunos e fomos realizar o transplante de algumas que estavam em um corredor de acesso. Foi aí que eles descobriram o rizoma da planta, que carinhosamente apelidaram de “Bulba” (referência a bulbo). Pronto, daí em diante a aula foi conduzida por eles, que prepararam um cantinho especial para receber o novo morador.

Eles conversaram e decidiram em conjunto as próximas ações. Prepararam a terra, plantaram flores no entorno, cuidaram, regaram e aguardaram ansiosamente o surgimento das primeiras folhas do bulbo.

E eu fiquei apreciando cada momento de decisão, criação e aprendizado coletivo.

Os alunos fazem muitas perguntas ao longo desse processo e ao invés de apenas reponde-las, busquei conduzi-los a novas descobertas na prática, a experimentarem, observarem e sentirem. Aprender dessa forma, é, sem dúvida alguma, muito mais divertido e estimulante.

Como nascem as folhas da taioba? Quanto tempo demora para nascer? Fomos descobrindo tudo isso juntos.

Durante esse tempo, acompanhamos diariamente o desenvolvimento da planta ao mesmo tempo que exercitamos a paciência, o cuidado, a cooperação e a observação, habilidades tão importantes para o desenvolvimento integral dos alunos.

A horta e as crianças seguem me surpreendendo. Ambas cheias de vida, de potencial, de aprendizados e muito amor.


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